Moles (Nunca Tanta Coisa Pesou Tão Pouco)


Porque tenho o miolo um pouco mole, sempre custei a captar o significado de "mole".
Na maioria das vezes, você pode substituir na sua mente a palavra mole por "quantidade X" que está tudo certo!
Por exemplo:
Um mole de CO2 é formado por um mole de carbono e dois moles de oxigênio. Fácil!
Mas uma entendidinha a mais se faz necessária:
Você lembra do conceito de peso atômico. E daquele numerozinho situado abaixo do símbolo de cada elemento na tabela periódica (o próprio peso atômico):




Então:
Era uma vez um personagem de fábula qualquer (digamos, o Pinóquio), que queria porque queria saber quanto pesava um átomo...
"É uma coisa muito pequena", disse o Gepeto (pai do Pinóquio, se não estou enganado...), "não vai dar certo!".
Mas Pinóquio não desanimou. Criou um método:
Foi juntando "bolinha por bolinha" (átomo, isso é uma fábula!) de cada elemento até chegar a... 6,022 x 10 a 23 átomos (coisinha pouca, perto um septilhão)!* E quando juntou tudo isso, levou essa quantidade toda de bolinhas (átomos) à balança. Aí, sim, tinha peso suficiente (em gramas) para mover a agulha da balança (cada elemento com seu peso característico, o valor do peso atômico em gramas)!
Por exemplo, no carbono esses quase um septilhão de átomos pesaram 12 gramas. Com o oxigênio essa quantidade pesou... 16 gramas. E assim por diante.
Mole, então, é isso: uma quantidade fenomenal de determinada partícula (ou "bolinhas", ou átomos) que é tão grande, mas tão grande, que consegue juntar o universo atômico (de outra maneira difícil de mensurar) com o universo macroscópico, mensurável.


 (* número de Avogadro)

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