pK (= "Previsão do Komportamento"?)


Ainda sobre o pK, um outro chatildo lá do fundo (brincadeira, os chatildos costumam ser ótimos alunos!) me perguntou:
"Sôr, mas por que não se usa somente o pH, tipo assim: o pH dessa substância, tipo um xampú, o pH é 6,5, e pronto?"
Você deu a resposta! 
Porque no xampú já está tudo pronto! Há uma "diluição" (uma suspensão, na verdade) em que você colocou isso, colocou aquilo e... chegou-se a um pH e... pronto!
Em moléculas, fármacos de interesse médico você pode estar falando de algo que uma hora estará no estômago (pH X), outra hora estará no sangue (pH Y), outra hora estará na urina (pH Z), outra hora mais estará na bile (pH W). 
O pH desta molécula ou fármaco pode ser, por exemplo, 6,5 (como esse xampú) num vidro qualquer (numa concentração qualquer). Mas não é isso o que estará nos interessando! 
O que nos interessará é a previsão do comportamento desta molécula ou fármaco dependendo de onde ela estará (no exemplo acima: ou estômago, ou sangue, ou urina, ou bile), pois cada desses meios tem um determinado pH (que também pode variar, mas...). 
Então, se é "algo" com pK baixo se dissociará em qualquer lugar (estômago, urina, sangue). Se é com pK mais próximo da neutralidade não se dissociará no estômago (pH baixo), mas se dissociará no sangue, por exemplo.


Imagina que você é um corredor, com um determinado pH (número na sua camiseta). Esse número não varia se você corre no deserto ou na neve. Mas seu comportamento varia (no deserto, por exemplo, você provavelmente se dissociará rapidinho!)

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