Glicogênio (Degradação)


Uma coisa que pareceria tão fácil (degradar o glicogênio pode ser comparado com tirar pérolas de um colar) tem alguns "detalhes técnicos" (o que não significa que não seja um processo fácil ao organismo):
Inicialmente, a enzima que quebra as ligações 1-4 as quebra já fosforilando. Por isso chama-se glicogênio fosforilase. Com isso os monômeros soltam-se ativados pelo grupo fosfato (facilitando a geração pronta de energia na glicólise, um dos destinos da glicose-fosfato).


Outro detalhe é que o grupo fosfato inicialmente é colocado, digamos, na posição errada: no carbono 1. Outra enzima, a fosfoglicomutase, "corrige o erro" e posiciona o fosfato no carbono 6 (transformando o produto em glicose-6-fosfato).


E aí, a liberação da glicose na corrente sanguínea se dá por uma terceira enzima, a glicose-6-fosfatase.


Há dois depósitos orgânicos mais importantes de glicogênio, o fígado e o músculo esquelético. O fígado é sociável, convida todos à mesa: distribue a glicose a partir do seu glicogênio para ser usado onde necessário. O músculo é egoísta: mantém todo seu glicogênio para uso dele mesmo (tanto que nem possue a última enzima, a glicose-6-fosfatase; a glicose fosfatada tem um só destino, a glicólise no músculo - lembrando que é um metabolismo anaeróbico, necessário para atividades musculares intensas).

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