O Caso da Albumina


Proteínas existem com alguma finalidade, quase sempre muito nobre.
O caso da albumina, por exemplo:
A albumina é uma proteína globular (em formato de coração na cristalografia, composto básicamente de alfa-hélices



difícil de perceber como "globular", a não ser quando se visualiza a ilustração da sua estrutura atômica,

que em solução assume formato aproximadamente cilíndrico), composta por 585 aminoácidos distribuídos em três domínios. Ela exerce uma função osmótica (retenção da água no espaço vascular) das mais importantes (dada pela sua concentração, não pelo seu tamanho, relativamente pequeno, e pela grande quantidade de cargas negativas na sua superfície, que geram a atração de cátions, como o sódio, ao redor dela - efeito de Gibbs-Donnan), além da função de maior carreadora de moléculas hidrofóbicas como hormônios, vitaminas, ácidos graxos, sais biliares e fármacos (que, de outra forma, não teriam como chegar aos seus destinos).


Apesar desse trânsito livre da albumina em solução aquosa (sua parte externa é formada por cadeias de aminoácidos hidrofílicos) ela é composta por um núcleo hidrofóbico (que repele a água) na sua maioria, exceto onde liga-se às partes hidrofílicas de outras moléculas. É esse núcleo hidrofóbico que permite com que moléculas também hidrofóbicas sejam carreadas "em segurança" pelo sangue (o que gerou o apelido de "táxi molecular" a ela).
Recentemente tem se verificado o efeito danoso dos baixos níveis da albumina em uma grande variedade de doenças, piorando seus prognósticos:


(a única grande fonte de albumina alimentar é o ovo, sendo que queijos tipo cottage e tofu podem ser substitutos)

Comentários