Modificações Pós-Traducionais


Além de toda a "trabalheira" da síntese proteica em juntar aminoácidos de acordo com a ordem específica, "costurar" pontes de hidrogênio e demais ligações e se "armar" em formas geométricas, muitas das proteínas ainda passam por "pinceladas finais" para chegar à sua estrutura funcionante, as chamadas modificações pós-traducionais (ainda que muitas das modificações sejam já parte da criação das estruturas terciárias e quaternárias, não um processo a parte).
As modificações pós-traducionais (MPT) são ajustes finais nas estruturas após a passagem pelo ribossoma (tradução), e se dão em vários locais da célula (retículo endoplasmático, aparelho de Golgi, mitocôndria, etc.). 
Quase todas as proteínas conhecidas passam por MPT. As principais modificações são: fosforilação (adição de grupo fosfato, responsável seja pela ativação ou desativação da molécula), a criação de pontes dissulfeto (parte importante da estrutura terciária) e a glicosilação (principalmente em proteínas de membrana, para reconhecimento celular ou outras funções regulatórias), mas no total as MPT podem chegar a milhares (algumas delas modificações "para o mal", principalmente em situações de estresse oxidativo)!

Quase todas essas reações são mediadas por enzimas, e envolvem ou as cadeias laterais dos aminoácidos ou os extremos carboxila/amina da proteína.


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