Aminoácidos (Complexidade)


Por que proteínas não são como polissacarídeos (polímeros de açúcar) e lipídeos (longas cadeias carbônicas ácidas)? Por que são tão complicadas?
Pela natureza da sua função.
Cada "pedaço" de aminoácido (com a sua ambiguidade de carga, positiva ou negativa de acordo com o pH do meio), cada diferente cadeia lateral somada a cada aminoácido diferente  cria "quebra-cabeças moleculares" quando "montadas" nas proteínas. 
Essa tão diversa combinação de cargas, de interações entre aminoácidos dentro da própria proteína e também fora dela (com pontes de hidrogênio, ligações dissulfeto, interações iônicas e hidrofóbicas, além das de Van der Waals) possibilita com que as proteínas cumpram tantas e tão complexas (e põe complexa nisso!) funções no organismo. 
Se você imaginar que uma ATPase (que funciona de forma muito semelhante a uma turbina de uma usina) é tanto uma proteína quanto é uma hemoglobina (que funciona de forma absolutamente sincronizada com as necessidades de oxigênio tecidual) ou uma proteína "apenas" estrutural como o colágeno, não é de se admirar que as combinações para transformar blocos de "meros" aminoácidos em uma ou outra "coisa" tenha que ser muito, muito grande!







Daí essa "chateação" de se conhecer detalhes do comportamento de cada aminoácido: uns ácidos, outros básicos, uns apenas com polaridade (sem carga), outros com grande molécular apolar, etc. Porque a somatória importa!

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